14 de agosto é o Dia do Cardiologista e a melhor maneira de celebrar é voltar as atenções para a importância de cultivar hábitos em prol da saúde do coração. Com o apoio da Daiichi Sankyo, reunimos aqui informações sobre problemas prevalentes entre os brasileiros, como hipertensão, colesterol, infarto e outras doenças cardiovasculares. A boa notícia é que muitos dos fatores de risco desses males são modificáveis com ajustes na rotina e no estilo de vida. Confira orientações de especialistas destacadas nesta página e no e-book disponível para download no final deste especial.
Por que ficar atento à saúde do coração? Os números relacionados a esse tema falam por si só: os abalos cardíacos, AVCs, também conhecidos como derrames, e outras complicações cardiovasculares estão no topo entre as causas de mortalidade no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço das mortes no planeta se deve a múltiplos fatores, como descontrole nas taxas de colesterol, pressão alta e diabetes.
No Brasil, estima-se que 14 milhões de pessoas convivam com doenças cardiovasculares. “No nosso país, a mortalidade associada a esses problemas só perdeu para a da covid-19 em 2020”, diz o cardiologista
Como boa parte dos fatores de risco não costuma dar sinais, fazer avaliações periódicas é crucial para o diagnóstico precoce e para prevenir eventos cardiovasculares graves, como o infarto e AVC.”
Segundo o especialista, a pandemia, aliás, tem sido uma das responsáveis por preocupantes atrasos em check-ups, acompanhamentos e outros descuidos em relação à saúde do coração. Aproveitando o Dia do Cardiologista, comemorado em 14 de agosto, Dalton Précoma lembra que sempre é tempo de aderir a medidas para reverter a progressão dessas doenças. “A prevenção está muito ligada a estilo de vida, seja atentando para consumir alimentos saudáveis, adotando uma vida mais ativa fisicamente, controlando o peso”, orienta. Sem esquecer que, como boa parte dos fatores de risco não costuma dar sinais, fazer avaliações periódicas é crucial para o diagnóstico precoce e para prevenir eventos cardiovasculares graves, como o infarto e AVC.
Embora possa ter diferentes causas, em geral a elevação acontece em razão da contração dos vasos sanguíneos, dificultando a passagem do sangue bombeado pelo coração.
De acordo com a classificação estabelecida pelas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o índice é alto quando igual ou maior que 130/80 mmHg (medida em casa) e acima de 140/90 mmHg (medida em consultório).
O documento classifica ainda os demais níveis:
Ótima: menor que 120/80 mmHg
Normal: 120/80 mmHg
Pré-hipertensão:130-139 mmHg e/ou 85-89 mmHg
Estima-se que cerca de 30% dos brasileiros apresentam hipertensão, e mais da metade não sabe que tem a doença.
Idade, obesidade, cigarro, consumo excessivo de sal, sedentarismo, estresse, diabetes, problemas com sono, predisposição genética.
Por meio da medida da pressão arterial, feita com equipamentos adequados. A recomendação das diretrizes é que isso seja feito em todo atendimento médico.
A hipertensão tem impactos no coração, no cérebro e nos rins, podendo, portanto, levar a infartos, AVCs e insuficiência renal.
Fazendo com regularidade o monitoramento dos índices de pressão arterial, promovendo mudança de hábitos (exercícios físicos, alimentação saudável, reduzir o consumo de sal, abandonar o tabagismo) e tomando regularmente os medicamentos prescritos pelo médico após o diagnóstico.
Trata-se de uma irregularidade dos batimentos cardíacos, quando o sangue para de ser enviado para o ventrículo (cavidade cardíaca que bombeia o sangue ao corpo) e fica estagnado. Essa estagnação pode criar coágulos, que por sua vez podem se soltar, entrar na circulação sanguínea e bloquear importantes artérias do cérebro, causando o acidente vascular cerebral (AVC).
Idade avançada, pressão alta, insuficiência cardíaca, diabetes, álcool em excesso, sedentarismo, obesidade, apneia do sono.
Em geral assintomática, a fibrilação atrial tem como sinal mais comum as palpitações.
A fibrilação atrial é a arritmia cardíaca mais comum. Dados de 13.260 participantes do estudo ELSA-Brasil (54,4% eram mulheres) mostram que 2,5% tinham fibrilação atrial. 2,4% eram mulheres e 2,6%, homens. Desses, 5,4% tinham idade maior que 64 anos.
A fibrilação atrial ocasiona a formação de coágulo no átrio, que pode se soltar e obstruir as artérias cerebrais, causando AVC isquêmico.
No exame físico, o médico identifica a alteração dos batimentos cardíacos com o uso do estetoscópio ou palpando o pulso. O exame eletrocardiograma é padrão para detectar o problema.
Além de mudanças no estilo de vida para o manejo dos fatores de risco, medicamentos para controlar a frequência dos batimentos e/ou para evitar a formação de coágulos podem ser indicados pelo médico.
Fontes:
Dalton Précoma, diretor do Departamento de Ensino e Pesquisa da Sociedade Hospitalar Angelina Caron, no Paraná
http://sociedades.cardiol.br/socerj/publico/dica-fibrilacao.asp#
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/02_II%20DIRETRIZ_FIBRILACAO_ATRIAL.pdf
O colesterol é produzido pelo fígado e tem a função de manter o funcionamento de células de todo o organismo. Quando em excesso na corrente sanguínea, porém, o colesterol se torna uma das principais causas de doenças cardiovasculares. Existem duas partículas por trás desse mecanismo: o LDL, o tipo “ruim”, que transporta o colesterol, e o HDL, a partícula “boa”, que retira os excessos de gordura da circulação. Se há um desequilíbrio e o LDL se acumula, os depósitos de gordura nos vasos favorecem o desenvolvimento da aterosclerose, placas com potencial de bloquear a passagem do sangue e capazes de provocar infarto ou AVC. Como cerca de 30% do colesterol é decorrente dos alimentos que ingerimos, uma maneira de prevenir o problema é manter uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo de gorduras saturadas e trans e reservando um bom espaço no prato para verduras, legumes e frutas.
No ataque cardíaco, a fase aguda do processo de aterosclerose, as placas de gordura que se formam nas paredes dos vasos podem bloquear parcialmente ou totalmente o suprimento de sangue. Sem suprimento de sangue, parte do músculo cardíaco se rompe ou fica sem oxigenação e morre. A gravidade do quadro depende da porção do músculo cardíaco afetada. Por isso, o ideal é procurar atendimento médico o mais rapidamente possível.
Sinais de que vai acontecer: as manifestações mais conhecidas são dor no peito, em geral irradiada para o braço esquerdo, pescoço e mandíbula, suor frio e desmaio.
Fatores de risco: colesterol alto, diabetes, obesidade, hipertensão, tabagismo.
Como prevenir: é importante monitorar peso, pressão, colesterol, glicemia, estresse e outros fatores que causam danos ao coração. Mudanças no estilo de vida, com adoção de alimentação mais saudável e inclusão de atividade física regular na agenda, são atitudes bem-vindas.
De acordo com o cardiologista Dalton Précoma, são significativos os progressos nas terapias voltadas ao manejo de problemas cardiovasculares: “Vejo com muito otimismo o que ainda está por vir, tanto em termos de diagnóstico, novas tecnologias para procedimentos e também medicamentos”, diz. Para o especialista, a adesão ao tratamento é um dos componentes mais importantes no contexto da saúde de um modo geral. Para quem recebeu alguma prescrição de medicação, seja para prevenção ou tratamento, ele orienta:
Converse com o médico e tire todas as dúvidas em relação ao remédio: para que serve, como funciona, eventuais efeitos colaterais.
Não mude a rotina de horários nem a dosagem indicada na prescrição sem checar com o especialista.
Nunca pare o tratamento por conta própria.
A melhor maneira de aderir bem ao tratamento é se informar sobre a sua condição, riscos e o melhor cenário terapêutico”
Muitos dos males que abalam o coração têm uma progressão silenciosa, sem sintomas que chamem a atenção, caso da hipertensão e do colesterol alto. Muitas vezes eles chegam a ser ignorados, atribuídos a um mal-estar passageiro. Justamente por isso, os especialistas são unânimes em destacar o valor de fazer avaliações periódicas capazes de detectar problemas precocemente. Melhor ainda: ao conhecer mais a fundo o funcionamento de seu próprio organismo e identificar pontos de atenção, é possível compartilhar com o médico decisões sobre mudanças de hábitos capazes de reverter quadros. A vantagem é que muitos dos vilões nas questões cardiovasculares são controláveis a partir de escolhas mais saudáveis e tratamentos no dia a dia que não só reduzem o risco de complicações como trazem mais qualidade de vida. A realização correta do tratamento médico, juntamente com escolhas saudáveis, é essencial para uma boa saúde cardiovascular.
O acesso a informação de qualidade, com base científica, é aliado nas estratégias pela manutenção da saúde do coração.”
Cansaço e fraqueza
Tontura
Inchaço nos tornozelos, pés e pernas
Falta de ar e dor no peito, sobretudo sob esforço físico
Muitos fatores de risco são facilmente identificados com exames de sangue para dosar glicemia e colesterol, medidas da circunferência abdominal e checagem de pressão mais regularmente. Em qualquer idade, a adoção de hábitos como dieta equilibrada, exercícios físicos e controle do estresse traz benefícios para a saúde cardiovascular e melhora a qualidade de vida.”
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