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Estadão em parceria com Rolex
SYLVIA EARLE - MISSION BLUE UMA REDE MARINHA DE ESPERANÇA A missão de proteger os oceanos do mundo
Foto: © David Doubilet

Sylvia Earle, lendária exploradora marinha e embaixadora da Rolex desde 1982, lançou a Mission Blue em 2009. A Mission Blue é parceira da iniciativa Perpetual Planet da Rolex para ajudar as principais organizações e indivíduos a encontrarem soluções para desafios ambientais, como a proteção dos oceanos. Nas palavras de Sylvia, cada um dos pontos criados pelo programa são lugares de esperança – ou Hope Spots em inglês. Tratam-se de áreas cientificamente comprovadas como fundamentais para a saúde da biodiversidade marinha e, por consequência, de toda a humanidade. Afinal, sem mar não existe oxigênio.

Liderado por Sylvia – que já passou mais de 7 mil horas no fundo do mar, liderou mais de cem expedições e descobriu milhares de novas espécies aquáticas –, o trabalho da equipe do Mission Blue vai muito além de identificar uma rede global de áreas marinhas protegidas. As atividades envolvem inspirar e fomentar a atividade local, além de despertar o interesse público mundial e o apoio a ações de preservação dos oceanos.

As ousadas metas do programa, que conta com firme apoio da Rolex desde 2014, estão sendo perseguidas com sucesso. Desde 2009, mais de 130 locais de esperança foram reconhecidos em todo o mundo, tendo sido 21 criados em 2019 e 12 em 2020.

Foto: © Rolex/Kip Evans
Foto: ©Al Giddings

A Mission Blue agora trabalha diretamente com comunidades em 69 países para restaurar e proteger seus ambientes oceânicos únicos. Mais do que atuar no local é preciso fazer a informação girar, por meio de modernos métodos de educação e divulgação. Assim, pessoas ao redor do mundo (muitas pela primeira vez) podem observar, explorar e ficar maravilhadas com a beleza das profundezas do mar, de forma a comprometerem-se com a preservação.

“Quais são os maiores problemas que o oceano enfrenta? A resposta é clara: o que estamos colocando no mar – e o que estamos tirando dele. Porém, para mim, o maior problema é a ignorância: as pessoas não sabem por que deveriam se preocupar com o oceano. Os oceanos são o berço da vida na Terra. Nós devemos a eles a nossa admiração, amor e cuidado” - Sylvia Earle

O checklist que define os locais de esperança – no Brasil, Abrolhos e o arquipélago das ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro, estão na lista – tem pelo menos cinco pontos essenciais: 

  • vida marinha particular em ecossistemas representativos;
  • populações raras, ameaçadas ou endêmicas;
  • potencial de reversão dos danos causados pelo homem;
  • corredores de migração ou áreas de desovas;
  • significado histórico, cultural ou espiritual, seja local ou global, e importância econômica para a comunidade.

São todos itens que ganham ainda mais importância em um contexto de mudanças climáticas globais e alteração do nível médio do mar.

    Fotos: ©Kip Evans - Mission Blue | ©Rolex/Stefan Walter | © Rolex/©National Geographic/Getty Images

    No caso brasileiro, a entrada de Cagarras na lista internacional dos Hope Spots é fruto do trabalho da bióloga Aline Aguiar, do Instituto Mar Adentro. Na candidatura foram destacados pontos como alta diversidade de espécies, um dos maiores ninhais de aves marinhas do Atlântico Sul, remanescentes de Mata Atlântica e o fato de a região ser um corredor migratório de baleias.

    Para uma área ganhar o status de Hope Spot é fundamental que ocorra uma inscrição no site do programa (mission-blue.org) por parte de um indivíduo, de um governo local ou de organizações comunitárias. O Conselho do Mission Blue, formado por cientistas e formuladores de políticas públicas, é quem vai avaliar as inscrições.

    Os Hope Spots podem ser estabelecidos em áreas onde não existe proteção formal ou em áreas de proteção ambiental onde é necessária mais ação. A participação das comunidades locais é imprescindível.

    Com os esforços e redes de trabalho espalhados por todos os continentes, o objetivo macro do Mission Blue é ajudar a proteger 30% dos oceanos da Terra até 2030 - meta recomendada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) para a defesa da saúde dos oceanos.

    Com o apoio da Rolex, a Mission Blue busca garantir que os ecossistemas marinhos, em toda sua imponência e diversidade abundante, não sejam extintos para as gerações futuras. Os pilares que sustentam essa esperança são bem sólidos.

    Ciência internacional de ponta e 200 organizações conservacionistas locais ou globais. É um objetivo que destaca um espírito comunitário e encoraja a todos a olhar para o "coração azul da Terra”, termos que Sylvia Earle sempre usa em suas palestras e entrevistas.

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