Até bem pouco tempo, o empreendedor Sidney Lemos Gomes convivia com um sério obstáculo para cumprir seus contratos de distribuição de carga do fornecedor à ponta do varejo. Zonas de restrição de circulação de caminhões empatavam a atividade, com perdas de fretes e sobrecarga no único veículo disponível para esse tipo de operação na pequena empresa. “Houve ocasião que tivemos de recusar trabalho porque não tínhamos um caminhão adequado”, lembra Gomes.

A solução para o empresário surgiu a partir de uma lembrança. Ainda em 2017, em uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro, se deparou com um Volkswagen Delivery Express em fase final de teste. Mais recentemente, diante da necessidade que se impunha, Gomes então, pelo estalo da memória, não teve dúvidas a respeito do como acertar na composição da frota de sua empresa.

“O caminhão resolveu uma deficiência dentre as opções que temos para os serviços de entregas, compartilhando o trabalho com outros veículos e na medida para circular em centros comerciais, normalmente congestionados e com ruas estreitas”, avalia o empresário.

Caminhão com jeito de carro

O Delivery Express da transportadora de Gomes abastece o comércio especializado em artigos de cama, mesa e banho da Região Metropolitana de São Paulo, além de algumas curtas viagens. O veículo roda por volta de 90 a 100 quilômetros por dia, com o início da jornada carregado com sua capacidade máxima de 3,5 toneladas de peso bruto total (PBT).

O veículo está em operação desde dezembro do ano passado e já acumula 12 mil quilômetros rodados. Tempo suficiente, no entanto, para Gomes tirar algumas conclusões. “É um caminhão muito bom para o transporte na cidade. Parece realmente um automóvel pelo conforto e agilidade que entrega. Fez somente a primeira revisão, mas a média de consumo já é uma surpresa boa”, revela o empresário acostumado a desempenhos de outros veículos e, com frequência, ele próprio o encarregado dos serviços de distribuição.

Definido como um comercial leve, o Delivery Express atende necessidades de até 3,5 toneladas. A percepção de estar a bordo de um carro, como apontou o empresário, não é somente uma sensação. O modelo tem suspensão independente na dianteira, arranjo utilizado nos automóveis. Também, configurado com rodado simples na traseira, paga o mesmo que o carro nos pedágios. Depois, pela legislação, o modelo não exige mais que a carteira de habilitação de categoria B para ser conduzido, ou seja, qualquer motorista.

Natural do Brasil

O pequeno transportador atribui ainda o custo de manutenção como outra conveniência para empresa com a aquisição do Delivery. Gomes se apoia na experiência e na própria frota de seis caminhões, três deles da VWCO. “Os serviços e o preço das peças são mais em conta e fáceis de serem encontradas, o que faz bem para o bolso. Depois, a grande quantidade de concessionárias ajuda muito.”

O Delivery Express foi talhado para a realidade do transporte brasileiro. Seu desenvolvimento foi liderado pela equipe de engenheiros da fábrica de Resende (RJ), onde é produzido para abastecer o Brasil.

O veículo surgiu em 2017 como novidade para a Fenatran, ocasião em que a marca iniciou programação de lançamentos da nova família de caminhões Delivery. Desde maio de 2018, quando começou a ser vendido, tem avançado na preferência do transportador. No ano passado, o primeiro ano cheio de vendas, o pequeno caminhão somou 3,5 mil licenciamentos, crescimento de 167% sobre o volume do exercício anterior, quando acumulou 1,3 mil unidades.