A rotina de recebimento de chope na operação da distribuidora Central do Chopp Pirituba, em São Paulo, ameaçava colocar a empresa em uma camisa de força, presa a uma única marca da bebida. Diante do aperto, os sócios resolveram arriscar pela liberdade e colocar nas atividades do negócio a busca do produto direto nas fontes.

A autonomia planejada chegou por volta de oito meses atrás, com aquisição de um Constellation 24.280. O caminhão entrou na casa para trazer do Paraná mais uma marca de chope a ser distribuído pela empresa. “Tínhamos muita dificuldade com fretes vindos de outros estados”, conta Marcelo Gaspar Pereira, sócio da Central do Chopp. “Incorporar o caminhão na empresa agregou muito. Trouxe a flexibilidade que estávamos precisando para garantir a nossa própria distribuição.”

A principal missão do Constellation 24.280 da distribuidora é cumprir com uma viagem semanal de ida e volta entre a capital paulista e a cidade paranaense de Londrina, onde se localiza a fabricante da bebida. A rota segue por boas rodovias, como Castello Branco e Raposo Tavares, e soma por volta de 1,1 mil quilômetros.

Resistência e economia

Na operação, o caminhão está sempre carregado. Parte com os vasilhames de chope vazios e, no fornecedor, os substitui por cheios. Para a volta, o baú do veículo acomoda 240 barris, equivalente a 15,6 toneladas, com “folga” dentro da capacidade de carga útil do Constellation 24.280, de 16,3 toneladas.

Em oito meses de serviço, o caminhão da Central do Chopp acumulou pouco mais de 32 mil km, fez as duas revisões programadas, de 10 mil e 20 mil, e vem se apresentando dentro das expectativas dos sócios. “O caminhão é robusto. Dificilmente apresentará problemas se cumprirmos com todas revisões recomendadas.”

Como a operação de rotas rodoviárias de médias distâncias é uma novidade nas atividades da empresa, Pereira não tem histórico para fazer qualquer comparação. Mas admite que está satisfeito com o consumo exibido pelo Constellation 24.280. “Pelo que escuto por aí, estamos conseguindo média até melhor.”

Menor custo operacional

A fim de garantir rentabilidade na direção sem ter de se preocupar com uma habilidade acima do normal do motorista, a distribuidora optou pela versão V-Tronic do caminhão, dotada de câmbio automatizado. “É uma opção acertada. Oferece mais conforto, deixa o funcionário satisfeito e preserva o veículo, o motorista não tem como errar.”

Associado à transmissão automatizada, o Constellation 24.280 traz motor MAN de seis cilindros que desenvolve 277 cv a 2.300 rpm e torque de 1.050 Nm de 1.100 a 1.700 rpm. O motor ainda tem tecnologia EGR, de recirculação de gases, que dispensa o uso de Arla no tratamento das emissões. A solução representa, portanto, um gasto a menos nos custos de abastecimento.

A liberdade alcançada pelos sócios da Central do Chopp Pirituba com o modelo da Volkswagen tem proporcionado ainda outras oportunidades, como diversificação do negócio. Como só tem de cumprir uma viagem semanal, o veículo começa a prestar serviços de fretes para outras empresas. “Quem sabe se também ser uma transportadora não está no nosso caminho?”, brinca Pereira