menu
Primeiro painel do evento tratou do uso da tecnologia para infraestrutura pública

DNIT “mergulha” no BIM e formaliza adoção da tecnologia como iniciativa estratégica

Em um futuro próximo, a tecnologia estará disseminada por todo o órgão, tornando o planejamento, a execução e a manutenção das rodovias mais eficientes e menos custosos

Planejamento minucioso, elaboração de um plano de ação e, agora, a execução. Com estes passos bem elaborados e o compromisso firmado para entrar com tudo na revolução BIM, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se transformou em um dos casos bem-sucedidos de adoção da tecnologia no Brasil.

O uso do BIM no DNIT foi tema da palestra de João Felipe Cunha, analista em infraestrutura de transportes e gestor da iniciativa de implementação da tecnologia no órgão, no 2º Seminário Internacional BIM CBIC – O BIM em Obras Públicas, promovido pela CBIC, em correalização com o SENAI Nacional. A inserção da autarquia em uma nova era de seus empreendimentos começou com a formalização da utilização dessa nova metodologia de trabalho como uma questão estratégica da entidade.

A partir daí, foi dado o pontapé inicial para uma fase de diagnóstico: era preciso saber como e onde o DNIT implementaria o BIM. “Lideramos uma iniciativa de transformação digital no DNIT. Identificamos que precisávamos da sensibilização dos servidores e do corpo técnico terceirizado, contando os benefícios da tecnologia. Também era necessário capacitar esses servidores para que estivessem totalmente integrados aos processos que estamos desenvolvendo. E aí, partir para adequação da estrutura, a parte de software e outras questões”, explicou Cunha.

Para simplificar o processo, o DNIT resolveu partir de um ponto específico para depois ampliá-lo ao todo. A ideia foi escolher um dos projetos tocados pelo órgão como piloto da implementação de BIM. A partir de uma sequência de vários desses pilotos, as práticas de utilização da tecnologia vão se espalhando pela entidade e formando a tão desejada cultura de adoção do BIM. O primeiro projeto escolhido foi o PROARTE (saiba mais sobre o programa abaixo). “Na fase de diagnóstico já enxergamos o órgão como um todo, identificando possibilidades de implementação dentro da autarquia e fazendo isso de forma escalonada. Olhamos para o maior e começamos a executar em frações.

Lançamos uma pesquisa para termos um marco de apuração de indicadores. Fizemos um mapeamento da operação global do DNIT. Propomos ajustes e melhorias. Geramos relatórios de oportunidades e fraquezas. Na fase de planejamento, olhamos para os casos de uso BIM, focados no PROARTE, mapeamos competências, definimos estratégias de comunicação, estratégias de gestão do conhecimento”, detalhou o painelista.

O mergulho da autarquia no BIM foi além de sua implementação em um projeto-piloto. O DNIT elaborou um sistema de classificação de informações para a tecnologia e vai adiante em seus planos para capacitar seus profissionais. Abriu-se o caminho para um futuro em que o BIM estará totalmente disseminado por todo o órgão, tornando o planejamento, execução e manutenção das rodovias brasileiras mais eficiente e menos custoso. “Usamos uma plataforma de educação à distância e uma ferramenta de lives no Facebook para disseminar o BIM em todo o país no DNIT. Geramos conteúdos específicos para capacitar nossos profissionais. Enfrentamos também a questão da classificação das informações, que inicialmente não estava no nosso radar. Estamos contribuindo para a primeira norma técnica de BIM brasileira. Temos um compromisso com a tecnologia”, assegurou Cunha.