Comitê Gestor do BIM garante que objetivos traçados no ano passado serão alcançados
Não se fala em metas concretas de forma leviana no Comitê Gestor do BIM do governo federal. Os itens da Estratégia Nacional de Disseminação da tecnologia, instituída por decreto no ano passado, não são apenas conceitos abstratos registrados no papel. Quem é responsável por levar adiante as iniciativas governamentais para espalhar o BIM pelo Brasil garante que os ambiciosos objetivos serão alcançados.
É o que fez Talita Saito, subsecretária da Indústria do Ministério da Economia, em sua apresentação no 2º Seminário Internacional BIM CBIC – O BIM em Obras Públicas, promovido pela CBIC, em correalização com o SENAI Nacional. “Teremos que reduzir custos das obras em 9,7%. Vamos aumentar em 10 vezes o mercado de BIM. Vamos aumentar a produtividade em 10%. E vamos fazer o PIB do setor da construção crescer em quase 30%. Isso nós vamos fazer. Com certeza vamos atingir essas metas”.
O empenho do governo federal para disseminar o BIM pelo País é justificado por essa expectativa de retorno valioso. “São muitas potencialidades do BIM, tanto na produtividade, quanto em quesitos como possibilidades de visualização, simulações de desempenhos, viabilização de uso de outras tecnologias”, afirma a subsecretária.
Desde a publicação do decreto, a atuação dos entes públicos vai no sentido de promover um ambiente adequado ao investimento em BIM no País, além de informar sobre as vantagens das novas ferramentas. Os grupos de trabalho que alimentam as decisões estratégicas tomadas pelo Comitê Gestor ajudam a enriquecer o diálogo por reunirem iniciativa privada, governo e todo o sistema produtivo envolvido para desenvolver novos projetos.
Essa estrutura contribui para que o governo caminhe no sentido de cumprir os nove objetivos estratégicos estabelecidos na Estratégia Nacional (veja quadro). Também ajuda a assegurar os prazos estabelecidos no decreto. Foi determinado um escalonamento, com três fases de implementação. Em 2021, 2024 e 2028, o governo estabeleceu datas-limite para metas de implantação do BIM. Por enquanto, cinco projetos-piloto em diferentes orgãos dão a partida na série de planos governamentais para a tecnologia se espalhar.
Ao mesmo tempo em que se prepara para investir no setor, garantindo a demanda por projetos em BIM, o governo atua para assegurar que haja oferta na outra ponta: “Vamos exercer nosso poder de compra como incentivador do mercado, consolidar o governo federal como um grande comprador que, assim, estimula o investimento privado em BIM. Ao mesmo tempo em que vamos estimular a demanda, temos de preparar a oferta. Se um dos dois estiver desequilibrado, podemos ter editais vazios, com excesso de demanda que o setor privado não tem condições de cumprir. Temos de sinalizar o que vamos demandar. Que BIM é esse que vamos pedir nos processos licitatórios? Vamos deixar muito claro qual o caminho que vamos trilhar, qual o cronograma desse caminho”, explicou Saito.