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Wagner Martins de Lima destacou as ações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para adoção do BIM

Ministério Público do DF e Territórios simplifica adoção do BIM e reduz custos

Órgão utilizou recursos já disponíveis para acelerar o processo de implementação da tecnologia

Menos é mais. Este foi o mote do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ao adotar o BIM para suas edificações. A ideia foi aproveitar os recursos e profissionais capacitados já disponíveis no órgão para acelerar a implementação da tecnologia e reduzir custos.

O uso do BIM no MPDFT foi tema da palestra de Wagner Martins de Lima, servidor e líder do processo de implementação das novas ferramentas no órgão, no 2º Seminário Internacional BIM CBIC – O BIM em Obras Públicas, promovido pela CBIC, em correalização com o SENAI Nacional.

Conhecedor das novas tecnologias, Lima arregaçou as mangas e ministrou cursos para outros servidores, economizando investimentos em capacitação. Outro fator que barateou a implementação foram os serviços de consultoria, realizados por servidores do próprio MPDFT, o que eliminou a necessidade de contratação externa. A estimativa é de que essas medidas tenham gerado economia de cerca de R$ 1,5 milhão na implantação do BIM.

A lógica do processo foi a de partir do simples para o complexo. Lima foi em busca de conhecimento e, à medida que ele e seus colegas se aprofundavam no tema, atualizavam o plano de ação do órgão para implementação do BIM. “Comecei a procurar normas. Estamos bem servidos de manuais e artigos, mas eles dizem o que fazer, não como fazer. Fizemos planos de implantação e execução bem básicos. Fomos nos familiarizando com o processo e, a partir daí, atualizando esses planos. Firmamos a ideia de ler e aprender com nossos pares, de valorizar quem está realmente na labuta do dia a dia. Entender como fazer, aproveitar ideias consolidadas e não reinventar a roda”, explica Lima.

Foi assim que o MPDFT projetou, entre outras edificações, a sede da Promotoria de Justiça do Riacho Fundo, que abrange todas as disciplinas na metodologia BIM: arquitetura, estrutura e sistemas prediais. “Nestes projetos, ficam evidentes as vantagens para a fiscalização e o orçamento. Os dados são extraídos corretamente. Fizemos a modelagem, e utilizamos a equipe de fiscalização para entender a execução desses modelos. A modelagem virtual fica muito próxima do real. As equipes de fiscalização e de orçamento nos ajudaram, e começaram a exigir esses parâmetros”, conta o painelista.

Além dos projetos e da capacitação de profissionais, a Secretaria de Projetos e Obras do MPDFT elaborou, também, manuais de utilização sobre o BIM. O órgão ainda vai preparar documentos com orientações sobre melhores práticas de modelagem e compatibilização dos projetos, gerando mais conhecimento sobre o tema.

São esforços que contribuem para algo que Lima julga como fundamental para o avanço do BIM em qualquer organização: a cooperação entre as partes. Com mais profissionais informados, o diálogo sobre a tecnologia aumenta e, consequentemente, evoluem também as práticas de utilização. “A missão de implantação do BIM é difícil. Vários órgãos têm entrado em contato com a gente pedindo apoio nesse processo. Tenho dito que o esforço tem de ser de todas as partes, e a palavra-chave para a disseminação do BIM e seu bom uso é a colaboração”.